Sustentabilidade Ambiental e Energética
Hoje em dia, é sabido que o crescimento económico e social está fortemente dependente da energia e que as questões energéticas estão intimamente relacionadas com as questões ambientais. Assim, é necessário procurar estabelecer políticas concertadas que conduzam simultaneamente à sustentabilidade ambiental e à eficiência energética.No Concelho de Lisboa o consumo total de energia primária ascende a cerca de 15 000 GWh, o que corresponde a aproximadamente 6% do consumo de Portugal Continental e a 32% do consumo de energia primária do distrito de Lisboa. Isto para apenas cerca de 550 mil habitantes (em 2002) contra os 9,930 milhões que residiam em Portugal Continental e os 2 milhões da Grande Lisboa.A electricidade representa, por si só, cerca de 41% do consumo de energia primária no Concelho, seguindo-se o gasóleo (23%), as gasolinas (16%), o fuelóleo (8%), o gás natural (8%) e, por último, os gases de petróleo liquefeito (GPL – butano e propano) que representam menos de 3% do consumo. É, assim, expectável que cerca de 46% do consumo de energia primária seja imputável aos edifícios, principais responsáveis pelo consumo de energia eléctrica. Assumem particular destaque os edifícios de serviços que são responsáveis por 65% dos consumos do parque edificado do Concelho. Os transportes são os segundos maiores responsáveis pelo consumo de energia primária, somando 42%. Segue-se a indústria cujo peso é de apenas 10% e, por último surgem outras utilizações que correspondem a 2% dos consumos energéticos. No que toca ao sector dos transportes é de salientar que em apenas uma década, entre 1992 e 2002, a taxa de motorização, em Lisboa, sofreu um forte aumento passando de 444 veículos por 1000 habitantes para 672 veículos por 1000 habitantes. Facto que, aliado à dispersão residencial, justifica em parte o grande número de viagens motorizadas realizadas diariamente em transporte individual na cidade de Lisboa. De facto, num total de mais de 850 mil viagens realizadas diariamente, cerca de 40% são feitas exclusivamente em transporte individual. Para além de problemas de congestionamento e da necessidade de espaço para estacionamento, o excesso de carros em circulação acarreta graves problemas de poluição urbana. Lisboa é, das capitais europeias, uma das que apresenta pior qualidade do ar sobretudo no que toca aos níveis de partículas inaláveis da atmosfera. Torna-se então premente a necessidade de alterar esta situação, com importância para o desempenho ambiental do país mas também para a promoção da saúde pública. Resumindo, e tendo em consideração o que anteriormente foi apresentado, torna-se fundamental que se identifiquem soluções de ruptura que levem a cidade de Lisboa a atingir maiores níveis de sustentabilidade energética e ambiental. Tiago Farias
Hoje em dia, é sabido que o crescimento económico e social está fortemente dependente da energia e que as questões energéticas estão intimamente relacionadas com as questões ambientais. Assim, é necessário procurar estabelecer políticas concertadas que conduzam simultaneamente à sustentabilidade ambiental e à eficiência energética.No Concelho de Lisboa o consumo total de energia primária ascende a cerca de 15 000 GWh, o que corresponde a aproximadamente 6% do consumo de Portugal Continental e a 32% do consumo de energia primária do distrito de Lisboa. Isto para apenas cerca de 550 mil habitantes (em 2002) contra os 9,930 milhões que residiam em Portugal Continental e os 2 milhões da Grande Lisboa.A electricidade representa, por si só, cerca de 41% do consumo de energia primária no Concelho, seguindo-se o gasóleo (23%), as gasolinas (16%), o fuelóleo (8%), o gás natural (8%) e, por último, os gases de petróleo liquefeito (GPL – butano e propano) que representam menos de 3% do consumo. É, assim, expectável que cerca de 46% do consumo de energia primária seja imputável aos edifícios, principais responsáveis pelo consumo de energia eléctrica. Assumem particular destaque os edifícios de serviços que são responsáveis por 65% dos consumos do parque edificado do Concelho. Os transportes são os segundos maiores responsáveis pelo consumo de energia primária, somando 42%. Segue-se a indústria cujo peso é de apenas 10% e, por último surgem outras utilizações que correspondem a 2% dos consumos energéticos. No que toca ao sector dos transportes é de salientar que em apenas uma década, entre 1992 e 2002, a taxa de motorização, em Lisboa, sofreu um forte aumento passando de 444 veículos por 1000 habitantes para 672 veículos por 1000 habitantes. Facto que, aliado à dispersão residencial, justifica em parte o grande número de viagens motorizadas realizadas diariamente em transporte individual na cidade de Lisboa. De facto, num total de mais de 850 mil viagens realizadas diariamente, cerca de 40% são feitas exclusivamente em transporte individual. Para além de problemas de congestionamento e da necessidade de espaço para estacionamento, o excesso de carros em circulação acarreta graves problemas de poluição urbana. Lisboa é, das capitais europeias, uma das que apresenta pior qualidade do ar sobretudo no que toca aos níveis de partículas inaláveis da atmosfera. Torna-se então premente a necessidade de alterar esta situação, com importância para o desempenho ambiental do país mas também para a promoção da saúde pública. Resumindo, e tendo em consideração o que anteriormente foi apresentado, torna-se fundamental que se identifiquem soluções de ruptura que levem a cidade de Lisboa a atingir maiores níveis de sustentabilidade energética e ambiental. Tiago Farias
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