Um compromisso para o futuro da Cidade:
1. Como recuperar, rejuvenescer e equilibrar socialmente a população de Lisboa?
Esta pergunta tem subjacentes três objectivos considerados fundamentais para o futuro de Lisboa: reabilitar e qualificar o ambiente físico da cidade; inverter a tendência de perda de população e, em especial, das faixas etárias mais jovens; e reduzir as amplas assimetrias sociais patentes actualmente em Lisboa, reforçando a presença da classe média e melhorando a qualidade de vida dos grupos mais vulneráveis.
Dar resposta a estes objectivos representa um grande desafio para cidade. Com efeito, o alto ritmo de perda de população em Lisboa mantém-se constante há três décadas; o índice de envelhecimento populacional fixa-se em valores cada vez mais elevados; coexistem os mais altos rendimentos per capita, o maior poder de compra e as mais altas qualificações da população a nível nacional, com áreas de concentração de problemas e carências socioeconómicas; e à degradação física de muito do património construído não tem correspondido a necessária dinâmica de reabilitação.
Dar resposta à pergunta “Como recuperar, rejuvenescer e equilibrar socialmente a população?” implica assim reflectir sobre o modo de inverter tendências que se verificam de forma persistente há décadas. Tendo consciência do enorme desafio que tal representa, inicia-se assim, no âmbito da Nova Carta Estratégica de Lisboa, um processo de reflexão e debate aberto e alargado sobre o modo alcançar estes grandes objectivos. Considera-se que este processo tem de ser feito por toda a cidade, de forma partilhada e participada, já que todos terão de dar o seu contributo para que uma Lisboa rejuvenescida, habitada, recuperada e coesa se possa tornar em realidade.
Ana Pinto (arquitecta)
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