segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
O preço da política sem ética..Quem paga? Os lisboetas.

No coração de Alfama, um dos bairros-mártir do falhanço clamoroso das políticas de reabilitação urbana de Pedro Santana Lopes, António Costa foi claro em definir a sua primeira medida como futuro presidente da CML. Trata-se afinal de ultrapassar o bloqueio provocado pelo chumbo que o PPD/PSD impôs na Assembleia Municipal a este programa de emergência que visa concluir as obras de reabilitação urbana lançadas por anteriores executivos, de forma irresponsável, e que acabaram por abandonar por falta de dinheiro para a sua execução.
(...) Recorde-se que Paula Teixeira da Cruz, a presidente da actual AML, foi a única deputada municipal do PSD que votou favoravelmente a proposta, distanciando-se da irresponsabilidade manifestada pela bancada do PPD/PSD (...)
sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Os Jardins de Lisboa


Já abriu o novo quiosque do jardim Marcelino Mesquita (Jardim das Amoreiras). O novo espaço, que dispõe de uma ampla zona de esplanada, vai certamente trazer maior dinamização a este jardim.
A colocação deste modelo de quiosques, modelo Olisipo, permite equipar ainda os jardins com casas de banho públicas, suprimindo assim a falta destes equipamentos no espaço público.
Recorde-se que o Jardim das Amoreiras não dispunha de um estabelecimento com estas características desde Janeiro de 2007, altura em que o quiosque existente neste local foi encerrado por falta de condições. Este quiosque foi posteriormente recuperado e colocado no Largo Camões onde está a funcionar.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
António Costa - Um compromisso para o futuro da cidade

Será um instrumento para a concretização de um importante conjunto de projectos estruturantes para melhor viver em Lisboa, que nos permita fazer a condução do desenvolvimento urbano sustentável da cidade.
António Costa
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Como criar um modelo de Governação eficiente, participado e financeiramente sustentado?
(...)
2. Governança
3. Capital Sócio-Cultural
4. Recursos para uma Governação Moderna e Eficaz
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
(Os espaços verdes de regresso aos) jardins de Lisboa



Jardim Botto Machado renasce com nova imagem
Espaço verde no Campo de Santa Clara reabre com quiosque, esplanada e jardim infantil
Depois de anos entregue ao abandono e ao vandalismo, o Jardim Botto Machado, em Lisboa, reabriu com outras condições. Mas há quem se queixe dos cães que sujam a relva e da escasssez de casas de banho.
É um renovado espaço verde, junto ao Panteão Nacional (onde repousa Amália Rodrigues) e ao Campo de Santa Clara onde, duas vezes por semana se ergue a Feira da Ladra. Há uns meses, o Jardim Botto Machado era uma zona suja, descuidada, perigosa até. Agora reabriu com nova iluminação, novos canteiros e vegetação, um parque infantil e um quiosque com esplanada.
"Está muito mais convidativo", diz, ao JN, Vítor Agostinho, o presidente da Junta de Freguesia de São Vicente de Fora (CDU). O autarca sublinha que o objectivo, agora "é ocupar os espaços públicos para que não seja o vandalismo a ocupá-los". "Vamos ver até onde conseguimos ir e é essa a nossa preocupação", acrescenta.
A intervenção teve um custo de cerca de 260 mil euros (abaixo dos 317 mil euros previstos) que foi suportado pelas contrapartidas financeiras do Casino Lisboa, tal como confirmou, ao JN, Sá Fernandes, vereador do Espaço Público e Espaços Verdes da Câmara Municipal de Lisboa (CML).
O presidente da Junta de São Vicente lamenta que a CML "não tenha levado em conta algumas propostas nossas". Todavia, recusou-se a especificar "porque o mais importante é termos agora um jardim com muito melhores condições ".
(...) "É muito importante do ponto de vista de intervenção cultural na nossa freguesia e todos os moradores vão ganhar com isso", frisa. Ver mais aqui
domingo, 23 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Como tornar Lisboa uma cidade ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente?
Hoje em dia, é sabido que o crescimento económico e social está fortemente dependente da energia e que as questões energéticas estão intimamente relacionadas com as questões ambientais. Assim, é necessário procurar estabelecer políticas concertadas que conduzam simultaneamente à sustentabilidade ambiental e à eficiência energética.No Concelho de Lisboa o consumo total de energia primária ascende a cerca de 15 000 GWh, o que corresponde a aproximadamente 6% do consumo de Portugal Continental e a 32% do consumo de energia primária do distrito de Lisboa. Isto para apenas cerca de 550 mil habitantes (em 2002) contra os 9,930 milhões que residiam em Portugal Continental e os 2 milhões da Grande Lisboa.A electricidade representa, por si só, cerca de 41% do consumo de energia primária no Concelho, seguindo-se o gasóleo (23%), as gasolinas (16%), o fuelóleo (8%), o gás natural (8%) e, por último, os gases de petróleo liquefeito (GPL – butano e propano) que representam menos de 3% do consumo. É, assim, expectável que cerca de 46% do consumo de energia primária seja imputável aos edifícios, principais responsáveis pelo consumo de energia eléctrica. Assumem particular destaque os edifícios de serviços que são responsáveis por 65% dos consumos do parque edificado do Concelho. Os transportes são os segundos maiores responsáveis pelo consumo de energia primária, somando 42%. Segue-se a indústria cujo peso é de apenas 10% e, por último surgem outras utilizações que correspondem a 2% dos consumos energéticos. No que toca ao sector dos transportes é de salientar que em apenas uma década, entre 1992 e 2002, a taxa de motorização, em Lisboa, sofreu um forte aumento passando de 444 veículos por 1000 habitantes para 672 veículos por 1000 habitantes. Facto que, aliado à dispersão residencial, justifica em parte o grande número de viagens motorizadas realizadas diariamente em transporte individual na cidade de Lisboa. De facto, num total de mais de 850 mil viagens realizadas diariamente, cerca de 40% são feitas exclusivamente em transporte individual. Para além de problemas de congestionamento e da necessidade de espaço para estacionamento, o excesso de carros em circulação acarreta graves problemas de poluição urbana. Lisboa é, das capitais europeias, uma das que apresenta pior qualidade do ar sobretudo no que toca aos níveis de partículas inaláveis da atmosfera. Torna-se então premente a necessidade de alterar esta situação, com importância para o desempenho ambiental do país mas também para a promoção da saúde pública. Resumindo, e tendo em consideração o que anteriormente foi apresentado, torna-se fundamental que se identifiquem soluções de ruptura que levem a cidade de Lisboa a atingir maiores níveis de sustentabilidade energética e ambiental. Tiago Farias
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Como tornar Lisboa uma cidade amigável, segura e inclusiva para todos?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Cor de Lisboa, Luz de Lisboa, Sol de Lisboa
Áreas de reabilitação urbana: respeitar os residentes e acolher os novos habitantes
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Como transformar Lisboa?
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Um sonho e uma visão para Lisboa

Carta estratégica Lisboa - 2010-2024: 14 anos para conquistar o futuro!
Esta pergunta tem subjacentes três objectivos considerados fundamentais para o futuro de Lisboa: reabilitar e qualificar o ambiente físico da cidade; inverter a tendência de perda de população e, em especial, das faixas etárias mais jovens; e reduzir as amplas assimetrias sociais patentes actualmente em Lisboa, reforçando a presença da classe média e melhorando a qualidade de vida dos grupos mais vulneráveis.
Dar resposta a estes objectivos representa um grande desafio para cidade. Com efeito, o alto ritmo de perda de população em Lisboa mantém-se constante há três décadas; o índice de envelhecimento populacional fixa-se em valores cada vez mais elevados; coexistem os mais altos rendimentos per capita, o maior poder de compra e as mais altas qualificações da população a nível nacional, com áreas de concentração de problemas e carências socioeconómicas; e à degradação física de muito do património construído não tem correspondido a necessária dinâmica de reabilitação.
Dar resposta à pergunta “Como recuperar, rejuvenescer e equilibrar socialmente a população?” implica assim reflectir sobre o modo de inverter tendências que se verificam de forma persistente há décadas. Tendo consciência do enorme desafio que tal representa, inicia-se assim, no âmbito da Nova Carta Estratégica de Lisboa, um processo de reflexão e debate aberto e alargado sobre o modo alcançar estes grandes objectivos. Considera-se que este processo tem de ser feito por toda a cidade, de forma partilhada e participada, já que todos terão de dar o seu contributo para que uma Lisboa rejuvenescida, habitada, recuperada e coesa se possa tornar em realidade.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O futuro em Lisboa
No coração de Alfama, um dos bairros-mártir do falhanço clamoroso das políticas de reabilitação urbana de Pedro Santana Lopes, António Costa foi claro em definir a sua primeira medida como futuro presidente da CML. Trata-se afinal de ultrapassar o bloqueio provocado pelo chumbo que o PPD/PSD impôs na Assembleia Municipal a este programa de emergência que visa concluir as obras de reabilitação urbana lançadas por anteriores executivos, de forma irresponsável, e que acabaram por abandonar por falta de dinheiro para a sua execução.
Trata-se de um vasto programa de pequenas empreitadas, passível de ser executado por pequenas e micro-empresas e que, constitui também por isso, um importante estímulo para esse tipo de empresas num momento difícil provocado pela crise internacional. O programa poderá proporcionar 5000 postos de trabalho, o que ressalva ainda mais a sua importância neste momento na cidade e no País.
Recorde-se que Paula Teixeira da Cruz, a presidente da actual AML, foi a única deputada municipal do PSD que votou favoravelmente a proposta, distanciando-se da irresponsabilidade manifestada pela bancada do PPD/PSD. No próximo mandato, será então possível, com uma nova maioria na Assembleia Municipal, dar este passo da maior importância para Lisboa e para os nossos bairros. Ler aqui
domingo, 16 de agosto de 2009
"Viver (em) Lisboa"
Os resultados deste estudo, elaborado pela autarquia em conjunto com uma equipa do Instituto Superior Técnico e a que a Lusa teve acesso, reforçam a necessidade de apostar na reabilitação e no mercado de arrendamento, à semelhança do já definido nas medidas propostas no Programa Local de Habitação (PLH) de Lisboa. Os dados recolhidos no estudo "Viver Lisboa" reforçam os que haviam sido recolhidos pelo inquérito da Marktest em Fevereiro deste ano e que indicavam que quem mora na Área Metropolitana de Lisboa e quer mudar de casa escolheria a capital, apontando a proximidade do local de trabalho como um dos factores mais importantes na escolha da habitação. SO, Lusa, 14-08-2009
"Os partidos também não morrem quando fazem coligações"
Porque Lisboa é (mesmo) muita gente
Para conhecermos melhor o nosso candidato...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Sempre com a porta aberta para o mundo

Desculpa Raúl, meu Principe, mas estou sem inspiração...
Sinto-me feliz por no nosso último encontro no Martinho da Arcada me ter despedido de ti com um grande abraço e muitos beijinhos, sabe-se lá porquê, mas foi assim.
Estava muito longe quando nos deixaste e não pude partilhar a despedida com a imensidão de Amigos que te choram, como se esse choro colectivo aliviasse mais a nossa dor.... Assim procuro essa "vírgula no tempo" em que acredito nos possamos reencontrar e eu ouvir mais uma vez as histórias infindáveis de sabedoria com que nos presenteavas fora de cena nos nossos intervalos do "Magnífico Reitor". Tu o Príncipe, nós as "meninas", no aconchego do teu camarim, sempre com a porta aberta para o Mundo.
Obrigada Raúl.
Ângela Pinto
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
O Capitólio passa a ser Raul Solnado
A Sociedade Portuguesa de Autores propôs hoje a "atribuição urgente" do nome do actor Raul Solnado a "um teatro de referência no quadro da vida artística lisboeta", nomeadamente o Teatro Capitólio.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Uma vírgula no tempo - Raul Solnado

Um Vazio no Tempo” , texto escrito por Raul Solnado
“Numa das últimas vezes que estive na Expo de Lisboa, descobri estranhamente uma pequena sala completamente despojada, apenas com meia dúzia de bancos corridos. Nada mais tinha. Não existia qualquer sinal religioso e por essa razão pensei que tinha descoberto que aquele espaço se tratava de um templo grandioso.
“Quase como um espanto, senti uma sensação que nunca sentira antes e, de repente, uma enorme vontade de rezar não sei a quê ou a quem. Fechei os olhos, apertei as mãos, entrelacei os dedos e comecei a pensar uma emoção rara, um silêncio absoluto e tudo o que pensava só podia ser trazido por um Deus que ali deveria viver e que me ia envolvendo no meu corpo amolecido. O meu pensamento aquietou-se naquele pasmo deslumbrante, naquela serenidade, naquela paz.
“Quando os meus olhos se abriram, aquele meu Deus tinha desaparecido em qualquer canto que só ele conhece, um canto que nunca ninguém conheceu, e quando saí daquela porta, corri para a beira do Tejo para dar um berro de gratidão com a minha alma e sorri para o Universo.
“Aquela vírgula no tempo, foi o mais belo minuto de silêncio que iluminou a minha vida, que me fez reencontrar, e que me deu a esperança de que num tempo que seja breve, me volte a acontecer.
Raul Solnado
O melhor amigo
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Morreu um companheiro, direi um camarada
Por memória: nem queiram saber o que foi corajosamente exaltante ridicularizar o conceito da Guerra durante a guerra colonial; nem queiram saber o que foi corajosamente exaltante resistir à/na a Guerra Colonial. Exaltante e perigoso!
Para quem tem por paradigma o lucro e a estupidificação, morreu um subversivo. Para quem tem por valor o respeito pela solidariedade e pela fraternidade, morreu um companheiro, um amigo, direi um camarada.
Obrigado Raul. Fernando Vicente
Quem nos avisa...
Se as eleições autárquicas se ganhassem na blogosfera, Pedro Santana Lopes, estaria hoje mais bem posicionado para ser o vencedor. O seu "Lisboa com Sentido" é, enquanto meio de comunicação política, em quase tudo o que se refere à comunicação audiovisual, no grafismo, no dinamismo e interactividade, melhor que o blogue de cidadãos que apoiam António Costa. Sem dúvida que Lisboa Com Sentido é um blogue oficial de campanha e que o CLAC, é um blogue de cidadãos sendo nesse aspecto muito mais rico de conteúdo do que Lisboa com Sentido. Sem dúvida. No entanto, depois do primeiro-ministro ter colocado a blogosfera no centro da comunicação política, António Costa não se pode permitir à veleidade de não ter um blogue oficial da sua campanha. O esforço que a cidade e os seus cidadãos fazem é uma coisa. A forma como os candidatos assumem a sua presença em todas as plataformas de comunicação política é outra. A cidade, o governo da cidade é demasiado importante para a deixar à mercê de um politico que, como Santana Lopes, protagonizou uma gestão tão incapaz para a cidade de Lisboa.
Um poema para Raul Solnado - Inês Ramos
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
Sebastião da Gama
...é para estar com os outros
Uma vez ouvi-o dizer que lia para poder conversar com os amigos. Achei uma curiosa demonstração de curiosidade intelectual. E concordo em absoluto com Raúl Solnado. Afinal, para que é que a gente faz seja o que for? É para estar com os outros. A literatura é uma excelente maneira de estimular convívio. Obrigado, Raúl. José Teófilo Duate, BlogOperatório
Agora Acontece com Raul Solnado OBRIGATÓRIO!
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O amigo Carlos Pinto Coelho enviou-nos esta preciosidade que aqui reproduzimos, de um dos programas Acontece.
Obrigada, Carlos!
Um homem inteiro
Todos ficámos com um pouco do Raul Solnado
Obrigado! Paulo Pimentel
É um dos heróis do nosso tempo
Um dia, uma senhora que o reconheceu, disse-lhe da sua gratidão pelo que ele era e pelo que lhe tinha dado ao longo da vida. Disse-lhe ainda que, o seu nome era o LUAR E O SOL NASCIDOS (luar é a leitura de Raul pela ordem inversa das letras, mais sol+nado). Fui testemunha da sua surpresa e da resposta envergonhada e comovida. Disse que era a ironia da vida.
Sem pieguices e exageros muito próprios destas situações, direi:
É UM DOS HERÓIS DA NOSSO TEMPO. Pela arte e pelo magnífico ser humano.
Não há muitas palavras para dizer da minha gratidão.
José António tavares
domingo, 9 de agosto de 2009
Estarás connosco para celebrara a vitória!
Tive o prazer de o conhecer pessoalmente em Abril deste ano quando lhe dirigi o convite para ser um dos primeiros 208 proponentes do Apelo à Convergência de Esquerda para as eleições na CML Lisboa, repto que aceitou de imediato, consciente de que teríamos pela frente um quadro político difícil que só a unidade das forças de esquerda poderia ultrapassar.
(...) Quando em 14 de Julho foi lançado o CLAAC, Solnado esteve presente no Martinho da Arcada. Tive a sorte de ficar a seu lado (...). A última vez que falámos por telefone disse entusiasmado: «a candidatura está muito bem lançada!»
É verdade, meu amigo. E no próximo dia 11 de Outubro estarás connosco para celebrar a vitória, que é tua também. Estarás sempre presente.
E agora, «façam o favor de ser felizes!» como diria o Raul.
A falta que fica a fazer não tem medida
Nem sei o que hei-de dizer. A falta que fica a fazer não tem medida. Curiosamente, neste momento da sua partida, lembro-me sobretudo dos seus papéis sérios. Lembro um momento genial, na Barraca, quando fez de Avarento. Ao meu lado encontrava-se um ex-presidente do Brasil que me disse que se o Raúl fosse brasileiro, seria uma estrela em glória. E lá até o foi, embora de passagem. Aqui, também, mas à dimensão portuguesa, muitas vezes pobre e trôpega. Apesar de tudo, ontem à noite, estive a ver o programa da RTP sobre a Comédia Portuguesa, e ele lá estava, reconhecido pelos mais jovens.
No final, terminava bem. O rapaz dos Contemporâneos não lhe dava a última boléia , e ele, caminhando a pé, dizia - "Cabrão".
Espero que seja essa a palavra que, neste momento, ele esteja a dizer-nos, a nós, que ficámos - Cabrões, deixaram-me partir...
Mas não é altura para ficar melancólico, ele não o desejaria, pelo contrário. Estou certa que lá onde está procurará rir da vida com o seu riso que nunca foi grotesco, nem se refugiou na sujeira, essa casa onde muitos se acolhem por facilitismo ou incompetência. Estou certa que se ri com inteligência, como daquela vez, no Brasil, quando lhe perguntaram se os portugueses não contavam anedotas sobre os brasileiros, para retribuirem a forma como os brasileiros se comportavam em relação aos portugueses, e ele respondeu, laconicamente - "Não precisa..." Ficou célebre. Neste momento, ele estará a dizer-nos, por outros motivos - "Não precisa..."
Precisa, precisa do nosso amor.
A sua voz chegou a todos os lares e a todas as gerações
"Façam o favor de ser felizes", dizia com que sabedoria... Raul Solnado. Maria Helena Corrêa
Ele disse que estava a viver a amabilidade
Nunca virou as costas às causas em que acreditava
Ninguém poderá ficar indiferente
Recordá-lo-ei com admiração e respeito pelo que nos deu.
Gabriela Lopes da Silva
sábado, 8 de agosto de 2009
Ele fazia parte da nossa vida
Um dos maiores cómicos de sempre
Os que ficam, hão-de lembrar-se e lembrá-lo
Cipriano Justo
Uma grande obra para a sociedade portuguesa
Raul Solnado, sempre
António Costa Santos
Tenho a certeza que o Raul adoraria ver-nos rir
Alcides Santos
É uma grande perda para todos nós
ANA HATHERLY
É uma grande figura cultural que desaparece
Depois, foi a sua interpretação no filme «Dom Roberto», inesquecível. E tantas coisas mais.
É uma grande figura cultural que desaparece.
Fico mesmo muito triste.
Maria Alzira Seixo
Sem Solnado o Sol não mais será nado
Tiago Salazar
Fala com o Solnado
(devo-lhe ainda) a gratidão de me ter desenrascado um dia. Eu conto:
Em 1969/70 vi-me envolto na organização de um Sarau de Poesia , pelo Grupo Bê, dedicado a Manuel Bandeira. No ensaio geral estoiram os velhinhos projectores da Comissão Pró-Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa, a escassas horas da estreia. Instala-se o pânico. Alguem me diz: fala com o Solnado. Falei com o Solnado. Não faltou luz ao Manuel Bandeira.
Luciano Marmelada
O Cidadão que dava pelo nome de Raul Solnado

Era o nosso guardião-mor, a cuidar de cada nome que entrava, a espalhar a notícia, a trazer (muitos) nomes para a lista.
Há cerca de 10 dias, o telefone deixou de tocar. E de receber chamadas.
A última vez que falámos, disse-lhe que ele tinha a CLAC a torcer por ele.
Falei em nome de todos. Acho que ninguém se sentirá ofendido.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
António Costa merece a reeleição!
António Costa podia ter alimentado aparências, afundar (ainda) mais a Câmara e garantir a sua reeleição. Encheu-se de espírito de missão e não o fez. Cumpriu o que prometeu, estes meses eram para resolver o caos instalado.
Pela coragem de sair de número dois do Governo para abraçar a nossa autarquia no estado em que estava, pela seriedade e espírito de missão, António Costa merece sem sombra de dúvidas a reeleição.
É por isso que vou lutar! Aqui e nas ruas! Em todo o lado!
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
António Costa devolve a Lisboa a tradição da Volta (suspensa em 2006)

“É das provas mais populares do país e uma grande prova nacional, mas que não é nacional se não tiver a capital. Por isso, é importante que tenha regressado a Lisboa, que tenha aqui a sua partida. Esperamos que a partir de agora tenha vindo para ficar e que todos os anos tenhamos Volta em Lisboa”, afirmou António Costa, em véspera do arranque na 71.ª edição.
O autarca revelou que a Câmara e a organização, a cargo da PAD/João Lagos Sport, firmaram “um acordo para este ano”, mas acredita que a Volta pode regressar a Lisboa já no próximo ano, depois de ter passado na capital pela última vez em 2006.
“Havia compromissos anteriores que os organizadores tinham para outras cidades, mas creio que a partir de 2010 poderemos contar com a Volta sempre”, indicou António Costa, afirmando a sua convicção independentemente do resultado das eleições autárquicas de 11 de Outubro: “Isso é outro campeonato”, frisou.
António Costa concluiu: “Este campeonato da Volta é essencial para a cidade, porque tudo o que é grande acontecimento tem de ter alguma coisa a ver com Lisboa. É muito importante que Lisboa saiba posicionar-se e é por isso que temos trabalhado, para recuperar eventos que tinham desaparecido da cidade, como é o caso da Volta a Portugal”.
Com quantos "nós" se tece a unidade

Este foi o documento* assinado por um grupo de ex responsáveis comunistas relativamente às autárquicas de Lisboa.
Corresponde a um apoio com condições e que não pode ser colado a um apoio indiscriminado ao PS, que alguém tenderá a fazer. É um apoio unitário e não sectário de esquerda e à esquerda.
É um apoio por/para Lisboa.
Esta é uma “explicação” pela qual não assinei o abaixo assinado da CLAC que, no entanto, saúdo pela frente que se possa vir a alargar contra a direita.
Um abraço
Fernando Vicente
* O documento encontra-se na íntegra, disponível neste blogue.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Coisas boas para a cidade
Mas também queremos uma cidade ambiciosa, centrada nas pessoas, dando-lhes espaço de intervenção e dinamizando as suas iniciativas, criando as condições para a inovação, que atraia uma nova geração de habitantes e as suas empresas e que respeite e valorize o enorme património dos mais velhos. Uma cidade onde se viva e trabalhe com exigência mas com prazer de viver. António Costa tem a visão e capacidade de execução num projecto inclusivo, sem excluir ninguém e que fomente a participação de todos.
Esta semana lembramos coisas boas para a cidade:
Portugal tem condições privilegiadas, Lisboa é uma cidade privilegiada... Vamos Unir Lisboa.
Fiama, Foz do Tejo, um país

O rio não dialoga senão pela alma
de quem o olha e embebeu a sua alma
de olhares ribeirinhos no passado
ou à flor do pensamento no futuro.
olhando as naus, navios, barcos pesqueiros
e o trilho das famintas aves pintoras
de riscos negros, que perseguem o odor
das redes cheias, as outrossim poéticas
familiares gaivotas. É uma costa inteira
de imagens de gaivotas dentro dos olhos.
São bocas a pensar razões da vida,
gargantas já caladas pela nascença e morte,
quando entre si se vêem ou juntas olham
o mar dos seus próprios dias. São cabeças
velhas de labutar, entre dentes cerrados,
as palavras mudas de um ofício no mar,
antigas de silêncio, como se no esófago
guardassem há muito a sabedoria de ir
enfrentar o mar, transpor o mar, estar.
Tal como um rio o mar só quer falar
pela dor e alegria de alma com que o chama,
há séculos na orla, um povo mudo,
com as palavras presas, guturais sem fôlego,
dentro de si, tão firmes no palato, articuladas
na língua interior. E o mar é quieto ou bravo,
e a alma tensa de uma paixão secreta,
escondida atrás da boca, e sempre aberta,
tal como as pálpebras diante desta água.
Só a alma sabe falar com o mar,
depois de chamar a si o Rio, no imo
de cada um, recordações, de todos
os que cumprem na linha da costa o seu destino.
O de crianças, berços nascidos à beira-mar,
aleitadas por água marinha bebida por rebanhos,
alimentadas por frutos regados pela bruma.
Mesmo quando petroleiros, se olharmos o mar,
passam sem som na glote, para nós mesmos dizemos
que o tempo já findou das caravelas outrora
e dentro do nosso sangue passa o tempo de agora.
Também as vacinas, fenícias áfonas no poema
que as canta, sabem as formas, pelo olhar,
de serem mulheres com peixes à cabeça.
E os pregões que eu calo, revendo-as, eram outra
língua do mar, os nomes com que nos chamam
para o seu modo de levar entre as casas o mar.
Mas as dores não as ecoa o mar, nem mesmo
as de poetas, só as pancadas das palavras
no encéfalo parecem ser voz do mar.
É uma nação única de memórias do mar,
que não responde senão em nós. Glórias, misérias,
que guardámos por detrás do olhar lírico
e da língua, a silabar dentro da boca.
Nunca chamámos o mar nem ele nos chama
mas está-nos no palato como estigma.
Fiama Hassa Pais Brandão
Cena Vivas
terça-feira, 4 de agosto de 2009
António Costa, um homem de palavra 2007-2009
Mãos à obra!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Já tinha saudades de respirar Abril outra vez...

Num momento político em que se verifica um preocupante avanço das forças mais à direita, considerámos ser possível e justificável uma alargada candidatura de esquerda a uma autarquia com a relevância política, social, económica e cultural de Lisboa.
Infelizmente, tal desígnio não foi alcançado nos termos procurados, o que deploramos.
Lisboa, 28 de Julho de 2009
António Avelãs
António Licínio de Carvalho
António Manuel Garcia
Domingos Lopes
Fernando Vicente
José Manuel Mendes
José Tavares
Paulo Sucena